É por pensar no trabalho de campo como uma ferramenta estratégica e indispensável para a construção do conhecimento, que o Colégio GEO já adota a prática com algumas séries há tempos. Afinal, como já dizia o pensador e pedagogo Paulo Freire, “ensinar não é transferir conhecimento ao outro, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou a sua construção”. Assim, neste sábado (08), mais uma turma ampliou seus conhecimentos em uma atividade extra classe. Desta vez, alunos do 9º Ano do GEO Sul conheceram a Estação de Tratamento de Água da Companhia de Água e Esgotos da Paraíba – CAGEPA, o Jardim Botânico de João Pessoa e a Estação Experimental da Energisa. Já os estudantes do 7º ano do GEO Tambaú foram para o Rio Grande do Norte.
As aulas de campo, explica a coordenadora do ensino Fundamental do GEO Sul, Inalda Pontes, faz parte de um contexto interdisciplinar norteados pelos objetivos propostos pelo Ministério da Educação – MEC e tem como foco a política educacional da Escola GEOSEB Tambaú e Sul. Assim, os professores trabalham as disciplinas com seus alunos, fazendo com que eles observem na prática o que aprenderam em sala
“Esse é um momento especial em que o estudante consegue, através desse recurso pedagógico de aula de campo, compreender melhor as disciplinas, assim como o lugar, sua aplicação no mundo real”, disse Inalda, lembrando também que a aula de campo é importante para fixar informações. “Às vezes ele não entendeu bem na sala e quando vai a campo ele não só compreende, como nunca mais esquece”, frisou a coordenadora.
O roteiro dos alunos em João Pessoa teve logo pela manhã, quando eles sairam da unidade do GEO Sul, nos Bancários e foram acompanhados pelos professores de Biologia, André Pontes; de Física Paulo Henrique; de Geografia, Victor Junior; e de Química, Thaysla Godoi, para o primeiro ponto de visitação que será a unidade de tratamento de água da Cagepa. Lá eles puderam perceber quais os passos para o tratamento da água, decantação, floculação, toda a parte do conteúdo que viram na sala eles vão acompanhar na prática. Colheram amostras, verificaram esse processo, tiveram uma aula expositiva sobre o tratamento e foram fazer uma visita aos tanques que abastecem a cidade.
“Desse modo, os alunos tiveram uma aula sobre os parâmetros físicos da água (os indicadores de qualidade como cor, turbidez, temperatura, sabor e odor) e os parâmetros químicos, que estão relacionados ao potencial hidrogeniônico (pH), alcalinidade, dureza, cloretos, ferro, manganês, nitrogênio, fósforo, fluoretos, oxigênio dissolvido (OD), matéria orgânica. Também serão abordados aspectos como o uso do solo, impactos ambientais, Código Florestal e Assoreamento”, afirma Inalda.
Após a Cagepa, o grupo seguiu para o Jardim Botânico Benjamin Maranhão, onde tiveram uma aula sobre preservação do meio ambiente com o professor André Pontes, de Biologia. Depois, alunos e professores pararam para almoçar em um dos shoppings da capital paraibana. Foi um momento de confraternização para, posteriormente, seguirem rumo ao Museu da Energisa.
Lá, no Museu educacional interativo, os alunos puderam conhecer aspectos técnicos e históricos sobre o uso da energia elétrica, através de ambientes projetados, experiências, equipamentos tecnológicos e recursos de áudio e vídeo, eles conheceram a história da energia no mundo e vão ver como a energia elétrica é gerada e todo o caminho que percorre até chegar à casa do consumidor. A visita durou pouco mais de uma hora e foi orientada por estudantes dos cursos de Física e História. Lá foram abordados conteúdos utilizados na disciplina de física, geografia e história, visto que será mostrado os estudos sobre a física elétrica, começando por experimentos de eletrostática, até chegar nos experimentos de eletromagnetismo.
Na parte de Geografia, com o professor Victor Júnior, o corpo discente aprendeu mais sobre Infraestrutura urbana, ou seja, o conjunto de sistemas técnicos de equipamentos e serviços necessários ao desenvolvimento das funções urbanas (subsistema viário, drenagem pluvial, abastecimento de água, subsistema de esgotos, subsistema energético, das comunicações, etc); aspectos sociais como adequadas condições de moradia, trabalho, saúde, educação, lazer e segurança; aspectos econômicos como o fenômeno das migrações; e institucionais.
A aula de campo é também uma espécie de “preparação” para a feira de ciências, que os alunos do GEO farão no mês de novembro. “Eles vão montar um projeto para na feira e essa aula de campo, com certeza, incentivará em diversos aspectos”, concluiu a coordenadora.
Já os alunos do 7º ano do GEO Tambaú visitaram o Centro de Lançamento de Foguetes, em Parnamirim, o Forte dos Reis Magos, o Centro Histórico e o Parque das Dunas, em Natal, além da visita ao maior cajueiro do mundo. Eles estavam acompanhados dos professores de Ciências e Biologia, de Educação Física, de Filosofia, Matemática, além de uma equipe de apoio.