Médico pediatra escreve livro infantil para conscientizar pessoas sobre os malefícios do cigarro. Personagem desenvolve aparelho que simula pulmão, inspirada em avô que morreu em consequência do tabagismo
O livro “Amanda no país do bem-estar”, lançamento da Editora do Brasil, mostra a personagem mirim em uma aventura para conscientizar as pessoas sobre os malefícios do hábito de fumar. Animada com a possibilidade de criar um projeto sobre bem-estar para a feira de ciências da escola, Amanda se baseia na morte do avô, causada em consequência do tabagismo, para desenvolver um pulmão artificial, que comprova os males do cigarro no órgão do corpo humano.
Em sua pesquisa sobre o assunto, Amanda se envolve em uma aventura fantástica, na qual encontra informações chocantes e esclarecedoras sobre os males do cigarro. Embora seja uma ficção, a história repercute na vida real, especialmente de quem fuma ou perdeu alguém querido em consequência do hábito de fumar. Ao trazer inúmeros alertas, todos reais, sobre os danos causados pelo tabagismo, Amanda leva o leitor a refletir sobre sua saúde. O livro ajuda a compreender melhor os problemas causados pelo tabagismo e auxilia na conscientização, além de estimular comportamentos que levam a hábitos mais saudáveis de vida.
O escritor e médico pediatra Leonardo Mendes Cardoso diz que a ideia surgiu em seu consultório e a intenção é fazer com que o livro seja um disseminador de lições contra o tabagismo. “Escrevi o livro a partir de minha experiência como pediatra. A necessidade de orientar meus pacientes me estimulou a tratar sobre o tema de saúde voltado para a educação infantil”, diz Cardoso, autor da coleção Aventuras de Amanda, da Editora do Brasil, cujos livros incentivam o leitor a refletir sobre saúde e bem-estar por meio de situações e desafios vividos por Amanda, uma personagem muito curiosa e esperta.
“Espero que meus livros possam gerar um efeito disseminador de lições de higiene, proteção ambiental e alimentação saudável. Que as crianças possam contaminar seus pais, amigos e demais parentes a mudarem os hábitos de vida e, com isso, tornarem o mundo melhor e mais pleno de saúde. Que meus leitores apreciem a forma simples como as histórias são contadas e que possam se divertir aprendendo”, conclui Cardoso.
Para o escritor, as campanhas públicas contra o cigarro surtem efeitos positivos, mas é com a educação infantil que teremos adultos mais conscientes. “Ainda se fuma muito, embora as campanhas contrárias ao tabagismo e as proibições legais (propagandas e locais) têm melhorado muito este panorama. As propagandas antitabagismo veiculadas nas carteiras de cigarro são impactantes e ajudam neste processo. Porém, o mais importante é a educação infantil para que as crianças cresçam com a mentalidade de não fumarem”, comenta. “Desvincular a imagem do tabagismo de esportes e do glamour dos filmes e das novelas também contribuiu e irá ajudar na eliminação definitiva deste hábito”, afirma.