A banda Seu Pereira e Coletivo 401 abre, nesta quarta-feira (13), a primeira edição do projeto ‘Cambada’. O show acústico é o primeiro de uma série de sete organizada pela Funesc com o objetivo de valorizar a música paraibana e seus compositores. A proposta, cujo nome faz referência ao coletivo de caranguejos, consiste em realizar uma curta temporada de shows onde artistas da terra se apresentam com repertório construído exclusivamente com músicas de compositores paraibanos. A semana de estreia também conta com A Troça Harmônica, que se apresenta na quinta-feira (14) e Escurinho, que canta na sexta-feira (15). Na segunda semana, o projeto recebe Wister na quarta-feira (20) e Trio APX na quinta-feira (21). A última semana traz Totonho na quarta-feira (27) e Adeildo Vieira na quinta-feira (28).
Apenas o primeiro show acontece no Teatro Paulo Pontes. Os demais acontecerão na Sala de Concertos Maestro José Siqueira, sempre a partir das 20h. Os ingressos custarão R$ 10 (inteiro) e R$ 5 (estudante). A venda de ingressos é feita na bilheteria do local, começando com uma hora de antecedência.
Com a ação, a Funesc pretende oferecer um panorama da produção local à população, ampliando dessa forma o acesso às mais variadas vertentes da música, onde cada artista apresenta, além de seu repertório autoral, músicas de conterrâneos. “Pretendo cantar poucas músicas minhas. Vou cantar mesmo é canções de alguns companheiros que pincei na nossa cena musical e que se encaixa um pouco com minha forma de tocar e cantar”, explica o músico Adeildo Vieira.
Seu Pereira e Coletivo 401 – O grupo Seu Pereira e Coletivo 401 faz parte da nova safra de artistas paraibanos. A banda apresenta um trabalho pautado na originalidade de suas canções autorais com uma força poética marcante, ritmo híbrido e letras que retratam o cotidiano da cidade. O coletivo 401 – coletivo metafórico – que carrega influências e ideias, faz referência ao coletivo 401 físico, que cruza a capital paraibana, saindo do bairro do Altiplano, passando pelo bairro da Torre, até chegar ao centro da cidade, carregando personagens reais, personagens como o próprio Seu Pereira. Passageiros que moem suas alegrias, angustias, sonhos e dúvidas, sempre com os olhos atentos na próxima parada. O som da banda carrega balanço e swing. É baião nervoso, é samba-rock nordestino e funk Paraíba.
Com 6 anos de formação, a banda Seu Pereira e Coletivo 401 já se apresentou nos principais festivais de música do Estado, e circulou por várias cidades do país, a exemplo de Natal, Brasília, Taguatinga, Goiânia, Rio de Janeiro e São Paulo. A banda também já se apresentou na África e na Europa.
A Troça Harmônica – Formada em 2013, A Troça Harmônica lançou em 2015 seu primeiro álbum com músicas autorais. “Pianinho” (Lucas Dourado/Chico Limeira/Gustavo Limeira) e “Maria vem” (Regina Limeira) foram as escolhidas como os singles de apresentação do álbum, disponibilizadas pelo YouTube ainda em março. Neste meio tempo, foram reveladas nas apresentações ao vivo “Mel de sal” (Lucas Dourado, em parceria com sua esposa, Polly Barros) e “Vertigem da inocência” (Chico César). Sobre esta última, o presente veio de um momento despretensioso. Chico, o Limeira, pediu ao César permissão para gravarem uma de suas canções, que imediatamente liberou todo o seu catálogo. “Quando me disseram que queriam gravar algo inédito meu, lembrei imediatamente de ‘Vertigem da inocência’, por acreditar que encaixaria com esse momento de início de uma carreira”, declarou Chico César. A única completamente inédita é a faixa 12, “Intimidade” (Chico Limeira), última a ser composta.
Para embalar o pacote de canções, a arte da capa, assinada por Silvio Sá, revela o ambiente afetivo que deu forma às inquietudes de corações juvenis: a aura serena de um “quintal de vó”, no caso, da escritora Dôra Limeira, uma das inspirações artísticas da família. Depois de cruzarem os muros dos quintais e chegarem até às ruas e casas de shows pessoenses, com o lançamento online de A Troça Harmônica, o grupo fecha um ciclo, entregando suas crias ao mundo, inserindo-se na aldeia global profetizada pela comunicação, mas sem perder o cheirinho da terra molhada do quintal da infância.
Escurinho – Pernambucano nascido em Serra Talhada radicado na Paraíba. Compositor, cantor e percussionista, atua também no teatro como ator e na criação de trilhas. Sua formação musical vem da sua experiência com o pai que se apresentava cantando em festas e a convivência com as manifestações populares típicas das cidades do interior do nordeste. Interprete performático, traz em sua música uma poesia urbana de caráter social, numa fusão de ritmos que vai do xote ao reggae; do experimentalismo ao rock; do forró ao baião; do caboclinho ao boi de reizado; dos ritmos afros e tribais, do maracatu ao coco de embolada.
Foi em Catolé do Rocha que o músico iniciou sua carreira quando emigrou, na década de 70. Naquela época fundou, ao lado de amigos como o compositor Chico César, o grupo “Ferradura” marcando os festivais e shows do sertão paraibano. No começo dos anos 80, chegou a João Pessoa e logo participou do grupo “Jaguaribe Carne” junto com Paulo Ró e Pedro Osmar. No teatro foi premiado em 1992, pela criação e execução da trilha sonora do espetáculo “Vau da Sarapalha”, no XIII Festival Nacional de teatro em São Paulo.
Paralelo à sua atuação em festivais de música e teatro, idealizou e montou em 1995, o show “Labacé”, que leva o nome de seu primeiro CD, com boa repercussão na cena local e nacional. Seu segundo álbum, “Malocage”, também teve boa aceitação do público e da crítica. Em 2013, lançou o seu terceiro CD “O Princípio Básico”, que tem patrocínio do BNB através do Programa de Cultura Banco do Nordeste/BNDES. Este ano, o artista finaliza o seu 4º CD, “Ciranda de Maluco” com patrocínio do Fundo de Incentivo à Cultura Augusto dos Anjos (FIC), e também apresenta o show homônimo em praças públicas através de projeto aprovado pelo Fundo Municipal de Cultura (FMC).
Serviço
Projeto Cambada – 13 a 28 de janeiro
Quarta, 13/01 – Seu Pereira e Coletivo 401 Acústico – local: Teatro Paulo Pontes
Quinta, 14/01 – A Troça Harmônica – Local: Sala de Concertos Maestro José Siqueira
Sexta, 15/01 – Escurinho – Local: Sala de Concertos Maestro José Siqueira
Quarta, 20/10 – Wister – Local: Sala de Concertos Maestro José Siqueira
Quinta, 21/01 – Trio APX – Local: Sala de Concertos Maestro José Siqueira
Quarta, 27/01 – Totonho – Local: Sala de Concertos Maestro José Siqueira
Quinta, 28/01 – Adeildo Vieira – Local: Sala de Concertos Maestro José Siqueira
Ingressos: R$ 10 (inteiro) e R$ 5 (meio)*
* A venda de ingressos é feita na bilheteria do local do show, começando com uma hora de antecedência.